segunda-feira, 18 de abril de 2011

- ...Como é que estou? - Perguntou ela.
Ele parou sua leitura, permaceu sentado a alguns metros dela. Olhou-a dos pés a cabeça, avaliando minuciosamente cada trecho da sua roupa, observando cada mílimetro descoberto da sua pele. Arquejou a sobrancelha. Subiu o olhar, parou no dela. Parecia insegura.
- Razoável.
Ele só não queria admitir que tinha se deparado a garota mais bonita que já havia visto.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quase ofegante

Lâmina brilhante entre os dedos e uma dose de distração. Quando me dei conta, estava fincada, ali no meio do meu peito, sem mais nem menos. No ápice dos meus devaneios, havia esquecido aquele plano atual, e nisso, cravei inescrupulosamente aquela fina faca em mim mesma. O sangue escorria, tingia a camiseta, gradativamente seu rastro se alastrava e deixava minhas vestes rajadas de escarlate. O intrigante é que não me desesperei. Ao contrário... Estava pacífico. A dor não era párea para aquela... paz. Eu ouvia meus últimos suspiros e aguardava a agonia, mas não vinha. Nisso, eu acordei. Meu peito está intacto. Feliz ou infelizmente? E por quanto tempo?