quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quase ofegante

Lâmina brilhante entre os dedos e uma dose de distração. Quando me dei conta, estava fincada, ali no meio do meu peito, sem mais nem menos. No ápice dos meus devaneios, havia esquecido aquele plano atual, e nisso, cravei inescrupulosamente aquela fina faca em mim mesma. O sangue escorria, tingia a camiseta, gradativamente seu rastro se alastrava e deixava minhas vestes rajadas de escarlate. O intrigante é que não me desesperei. Ao contrário... Estava pacífico. A dor não era párea para aquela... paz. Eu ouvia meus últimos suspiros e aguardava a agonia, mas não vinha. Nisso, eu acordei. Meu peito está intacto. Feliz ou infelizmente? E por quanto tempo?

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